A formação do jurista para o respeito em tempos de Red pill: Educação, Ética e Coletividade
DOI:
https://doi.org/10.63835/7wfs5a57Palabras clave:
Cultura red pill, Masculinidade tóxica, Ensino jurídico, Educação crítica; , Métodos de ensinoResumen
O presente artigo examina os impactos da cultura Red Pill no ambiente educacional, com especial atenção à formação jurídica e ao papel do professor diante do avanço de discursos extremistas, misóginos e antidemocráticos. A cultura Red Pill, amplificada pelas redes sociais e algoritmos de recomendação, difunde ideologias antifeministas e promove uma visão distorcida de masculinidade, desestimulando o pensamento crítico e a empatia, sobretudo entre jovens em formação. Diante desse cenário, o texto defende uma atuação docente comprometida com a formação ética, crítica e cidadã dos estudantes, ressaltando que o ato de educar deve ser compreendido como um processo integrador entre conhecimento técnico, valores morais e responsabilidade social. A pesquisa adota abordagem qualitativa, de cunho teórico e exploratório, com base em revisão bibliográfica e análise crítica de fenômenos sociais contemporâneos relacionados à educação e à cultura digital. Defende-se o uso de metodologias ativas no ensino jurídico, como o método do caso e o diálogo interdisciplinar com o cinema, para fomentar a reflexão sobre os direitos humanos, a igualdade de gênero e a democracia. O professor, nesse contexto, assume um papel essencial na mediação dos conflitos de narrativa e no combate à desinformação e ao extremismo, preparando os futuros operadores do direito para atuarem de forma ética e comprometida com valores humanitários.
Descargas
Referencias
BARBOSA, Alexandre F. (coord. exec. e ed.); SENNE, Fabio (coord. geral de pesquisas); RIBEIRO, Manuella M.; PORTILHO, Luciana; et al. TIC Kids Online Brasil 2024: livro eletrônico. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br / Cetic.br, 2025. Disponível em: https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20250512154312/tic_kids_online_2024_livro_eletronico.pdf. Acesso em: 13 jun. 2025.
BRASIL. Decreto nº 1.973, de 1º de agosto de 1996. Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará em 9 de junho de 1994. Diário Oficial da União, Brasília, 2 ago. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/d1973.htm. Acesso em: 13 jun. 2025.
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Mapa da Segurança Pública 2025: ano‑base 2024. Brasília: MJSP/Senasp, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/estatistica/download/dados-nacionais-de-seguranca-publica-mapa/mapa-de-seguranca-publica-2025.pdf. Acesso em: 13 jun. 2025.
BEAUVOUIR, Simone de. O Segundo sexo: a experiência vivida, volume 2 / Simone de Beauvouir; tradução Sérgio Millet; - 3 ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016
BIROLI, Flávia; CAMINOTTI, Mariana. The Conservative Backlash against Gender in Latin America. Politics & Gender, Cambridge, v. 16, n. 1, E1‑E? (online), mar. 2020. Disponível em: https://www.academia.edu/42715070/The_Conservative_Backlash_against_Gender_in_Latin_America. Acesso em: 13 jun. 2025.
BIROLI, Flávia; TATAGIBA, Luciana; QUINTELA, Débora Françolin. Reações à igualdade de gênero e ocupação do Estado no governo Bolsonaro (2019‑2022). Opinião Pública, Campinas, v. 30, e3013, 2024. DOI: 10.1590/1807-019120243013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/op/a/RBd9rx3BBZq9Th3v6sPVw4c/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 13 jun. 2025.
CERQUEIRA, Daniel; BUENO, Samira (coord.). Atlas da violência 2025. Brasília: Ipea; FBSP, 2025. Disponível em: https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/276. Acesso em: 17 jun. 2025.
FAGUNDES, Tereza Cristina Pereira Carvalho. MASCULINIDADES SAUDÁVEIS X MASCULINIDADES TÓXICAS. Revista Brasileira de Sexualidade Humana, [S. l.], v. 34, p. 1076 , 2023. DOI: 10.35919/rbsh.v34.1076. Disponível em: https://www.rbsh.org.br/revista_sbrash/article/view/1076. Acesso em: 4 nov. 2025.
FALUDI, Susan. Backlash: o contra-ataque na guerra não declarada contra as mulheres / Susan Faludi; tradução de Mario Fondelli. - Rio de Janeiro: Roccо, 2001 .-- (Gênero Plural)
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão e dominação. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil. 5. ed. São Paulo: FBSP, mar. 2025. Disponível em: https://static.poder360.com.br/2025/03/relatorio-visivel-e-invisivel-5ed-2025.pdf. Acesso em: 13 jun. 2025.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia; saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2011.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1974.
GHIRARDI, José Garcez (org). Métodos de Ensino em Direito: conceitos para um debate. São Paulo: Saraiva, 2009.
GIROUX, Henry A. Atos impuros: a prática política dos estudos culturais. Tradução de Ronaldo Cataldo Costa, Porto Alegre: Artmed, 2003.
GIROUX, Henry. Ensino superior, para quê? Educar em Revista, Curitiba, n. 37, p. 25-38, maio/ago. 2010. Editora UFPR. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602010000200003. Acesso em 30 set. 2025.
GIROUX, Henry. Professores como Intelectuais: Rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
GOMES, Vanessa Batista; FRANCO, Caio Figueiredo. “Reações à igualdade de gênero e ocupação do Estado no governo Bolsonaro (2019‑2022)”. Opinião Pública. Disponível em: https://www.scielo.br/j/op/a/RBd9rx3BBZq9Th3v6sPVw4c/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 13 jun. 2025.
HARARI, Yuval Noah. Nexus. Uma breve história das redes de informação, da Idade da Pedra à inteligência artificial. Tradução de Berilo Vargas e Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2024.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento. A gramática oral dos conflitos sociais. Tradução de Luiz Repa. 1ª edição, São Paulo: Editora 34, 2003.
HUGO, Victor, 1802-1885. Os miseráveis, volume 1 / Victor Hugo; tradução Casimiro L. M. Fernandes; tradução revista por Eduardo Rosal; introdução Carlos Heitor Cony – 3. ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020. 632 p.
MACHADO, Débora Franco. A modulação de comportamento nas plataformas de mídias sociais. In: SOUZA, Joyce; AVELINO, Rodolfo; SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. (org.). A sociedade de controle: manipulação e modulação nas redes digitais. São Paulo: Hedra, 2019. p. 47/69.
MASSA, Roberta Franco; LORENZETTO, Bruno Meneses. O papel histórico do feminismo no reconhecimento dos direitos das mulheres. Interesse Público – IP, Belo Horizonte, ano 21, n. 118, p. 59–79, nov./dez. 2019. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/61968821/O_papel_historico_do_feminismo20200202-92566-5stsd1-libre.pdf. Acesso em: 13 jun. 2025.
MONTEIRO, Kimberly Farias; GRUBBA, Leilane Serratine. A luta das mulheres pelo espaço público na primeira onda do feminismo: de suffragettes às sufragistas. Direito e Desenvolvimento, João Pessoa, v. 8, n. 2, p. 261‑278, 2017. Disponível em: <https://periodicos.unipe.br/index.php/direitoedesenvolvimento/article/view/563/441>. Acesso em: 13 jun. 2025.
MORIN, Edgar. Despertemos! Um chamado para o despertar das consciências. Tradução de Ivone Benedetti, 1 ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2023.
NUSSBAUM, Martha. Sem fins lucrativos. Por que a democracia precisa das humanidades. São Paulo: Martins Fontes, 2019.
OLIVEIRA DE ANDRADE, Rafael Ademir et al. A casa dos homens e movimento Redpill/MGTOW: etnografia de grupos misóginos em redes sociais no Brasil. Almanaque Multidisciplinar de Pesquisa, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, 2025. Disponível em: https://publicacoes.unigranrio.edu.br/amp/article/view/9095. Acesso em: 13 jun. 2025.
OLIVEIRA, Mara Regina de. Direito e cinema. In: CAMPILONGO, Celso Fernandes; GONZAGA, Álvaro; FREIRE, André Luiz (coords.). Enciclopédia jurídica da PUC-SP: teoria geral e filosofia do direito. Tomo I [recurso eletrônico]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível em: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/89/edicao-1/direito-e-cinema
O que é uma startup? SEBRAE, 26/03/2022. Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-uma-startup,6979b2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Declaração Universal dos Direitos Humanos. In: UNICEF Brasil. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em: 13 jun. 2025.
PATTERSON, Edwin W. The Case Method in american legal education: its origins and objectives. Journal of Legal Education, Vol. 4, 1951.
PARISER, Eli. The Filter Bubble: What the Internet is Hiding from You. New York: Penguin Press, 2011, E-book.
SANTINI, R. Marie; SALLES, Débora; BELIN, Luciane L; BELISÁRIO, Adriano; MATTOS, Bruno; MEDEIROS, Stéphanie G.; MELLO, Danielle; GRAEL, Felipe; SEADE, Renata; BORGES, Amanda; MURAKAMI, Lucas; CARDOSO, Rafael; DAU, Erick; LOUREIRO, Felipe; YONESHIGUE, Bernardo; CARMO, Vitor do; MAIA, Felipe. “Aprenda a evitar ‘esse tipo’ de mulher”: estratégias discursivas e monetização da misoginia no YouTube. Rio de Janeiro: NetLab – Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Publicado em Dezembro de 2024.
UNITED NATIONS ENTITY FOR GENDER EQUALITY AND THE EMPOWERMENT OF WOMEN (UN Women). Women's rights in review: 30 years after Beijing. New York: UN Women, 2025. Disponível em: https://www.unwomen.org/en/digital-library/publications/2025/03/womens-rights-in-review-30-years-after-beijing. Acesso em: 13 de junho de 2025.
VENÂNCIO FILHO, Alberto. Das arcadas ao bacharelismo: 150 anos de ensino jurídico no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2011.
ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância. A luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Tradução de George Schlesinger. 1ª edição. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2021, E-book.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Rodrigo Vieira Medeiros, Marina de Souza Fujita, Dra. Clarissa Sampaio Silva (Autor)

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Juris Verdi utiliza la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite el intercambio y la adaptación del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales, siempre que se dé el crédito correspondiente al(los) autor(es). Los autores conservan los derechos de publicación sin restricciones, y los artículos permanecen disponibles en acceso abierto.
Declaración de Derechos de Autor
Los autores del manuscrito identificado a continuación declaran que:
-
Están de acuerdo con la presentación del artículo a la Revista Juris Verdi;
-
Declaran que el trabajo es original, que no infringe derechos de autor de terceros y que no ha sido publicado ni se encuentra en evaluación por otra revista;
-
Autorizan, en caso de aceptación, la publicación del artículo bajo la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite el uso, intercambio, adaptación, distribución y reproducción en cualquier medio o formato, siempre que se atribuya correctamente la autoría al(los) autor(es);
-
Reconocen que los derechos de autor permanecen con los autores, quienes pueden también depositar el artículo en repositorios institucionales, sitios personales o redes sociales académicas, siempre que se mantenga la referencia a la publicación original en la revista;
-
Están al tanto de que la Revista Juris Verdi adopta una política de acceso abierto, comprometida con la democratización del conocimiento científico.






