A LEGITIMIDADE DA DECISÃO JUDICIAL E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
DOI:
https://doi.org/10.63835/mw15x539Palabras clave:
Ativismo judicial; Inteligência artificial; LegitimidadeResumen
O artigo analisa a interação entre a Inteligência Artificial (IA) e o Poder Judiciário, com ênfase na legitimidade das decisões e na prevenção do ativismo judicial. O objetivo é avaliar de que modo a IA pode auxiliar na formação de decisões mais objetivas e coerentes, sem comprometer a autonomia e a responsabilidade do magistrado. A pesquisa adota metodologia analítica e exploratória, com base em revisão doutrinária, normativa e em casos concretos, examinando os limites éticos, jurídicos e hermenêuticos da utilização da IA na atividade jurisdicional. Os resultados indicam que a IA pode contribuir para a organização e sistematização de argumentos, promovendo previsibilidade e segurança jurídica, desde que submetida à supervisão humana constante. Evidencia-se que a legitimidade das decisões depende da transparência, explicabilidade e conformidade constitucional dos processos automatizados. Conclui-se que a IA deve atuar como instrumento auxiliar do juiz, e não como substituto, preservando a função interpretativa e a sensibilidade ética do julgador. O estudo recomenda a criação de protocolos nacionais para o uso da IA no Judiciário e a capacitação de magistrados em ética e tecnologia, de modo a equilibrar eficiência técnica e responsabilidade democrática, assegurando decisões justas, transparentes e socialmente legítimas
Descargas
Referencias
AMARAL JÚNIOR, José Levi Mello do. Interpretação e aplicação das normas constitucionais: entre deferência e ativismo, o rigoroso apego à democracia representativa. Revista de Informação Legislativa: RIL, Brasília, DF, v. 59, n. 235, p. 11 41, jul./set. 2022. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/59/235/ril_v59_n235_p11
ARRUDA, Carmen Silvia Lima de. O princípio da transparência. São Paulo: Quartier Latin, 2020.
BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, Ativismo Judicial e Legitimidade Democrática. (SYN)THESIS, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p. 23–32, 2012. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/synthesis/article/view/7433. Acesso em: 14 nov. 2024.
CASADO, Gabriela Patriota. Território estrangeiro: uma análise sobre a proteção dos direitos dos refugiados LGBTQI+ no Brasil, São Paulo: Editora Dialética, 2024.
CASTELLO BRANCO, Carolina; SANTIAGO, N. E. A. Ativismo judicial e a instrumentalidade do processo: um diálogo com Georges Abboud e Guilherme Lunelli a partir da obra de Cândido Rangel Dinamarco. Revista Quaestio Iuris, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, 2020, p. 981-1004
CAPPELLETTI, Mauro. Juízes Legisladores? [Tradução: Carlos Alberto Álvaro de Oliveira]. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 1993.
FERRAJOLI, Luigi. Constitucionalismo principialista e constitucionalismo garantista. Trad. André Karam Trindade. In: FERRAJOLI, Luigi; STRECK, Lênio Luis; KARAN, André Trindade (Org.). Garantismo, hermenêutica e (neo)constitucionalismo: um debate com Luigi Ferrajoli. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.
GADELHA, Ingrid; MEDEIROS, Isaac. Padronização de ementas judiciais e a IA, JOTA, publicado em 08/10/2024, Disponível em: https://www.jota.info/artigos/padronizacao-de-ementas-judiciais-e-a-ia?utm_campaign=jota_info_. Acesso em: 09/11/2024.
HEINEN, Juliano. Acesso à informação e seus “dois maridos”: duas leis em um mesmo tema – transparência e tratamento dos dados públicos. In: MOTTA, Fabrício; VALLE, Vanice Regina Lírio do (Coords.) Governo digital e a busca por inovação na Administração Pública: a Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021, Belo Horizonte: Fórum, 2022, p. 171-184.
JORGE, Nagibe de Melo. Ativismo judicial, discricionariedade e controle: uma questão hermenêutica? Quaestio Iuris, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, 2014, p. 509-532.
LEMOS, André Luiz Martins. Erros, falhas e perturbações digitais em alucinações das IA generativas: tipologia, premissas e epistemologia da comunicação. MATRIZes, São Paulo, Brasil, v. 18, n. 1, p. 75–91, 2024. DOI: 10.11606/issn.1982-8160.v18i1p75-91. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/210892. Acesso em: 13 nov. 2024.
NOBRE JÚNIOR, E. P. Considerações sobre o princípio constitucional da impessoalidade administrativa: Considerations about the constitutional principle of administrative impersonality. Revista de Direito Administrativo e Infraestrutura | RDAI, São Paulo: Thomson Reuters | Livraria RT, v. 3, n. 9, p. 103–118, 2019.
POSNER, Richard A. The rise and fall of judicial self-restraint. In: California Law Review. Vol. 100. No. 3. June 2012. p.519-556.
STRECK, Lenio Luiz. Neoconstitucionalismo, positivismo e pós-positivismo. In: FERRAJOLI, Luigi; STRECK, Lênio Luis; KARAN, André Trindade (Org.). Garantismo, hermenêutica e (neo)constitucionalismo: um debate com Luigi Ferrajoli. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.
SUNSTEIN, Cass R.; VERMEULE, Adrian. Interpretation and Institutions. John M. Olin Program in Law and Economics Working Paper n. 156, 2002.
TASSINARI, Clarissa. O estado da arte da questão do ativismo judicial no contexto atual das teorias jurídicas e políticas. In: TASSINARI, Clarissa. Jurisdição e ativismo e judicial: limites da atuação do judiciário. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013.
TOLEDO, Cláudia; PESSOA, Daniel Alves. O uso de inteligência artificial na tomada de decisão judicial. Revista de Investigações Constitucionais, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e237, 2023. DOI: 10.5380/rinc.v10i1.86319. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/rinc/article/view/e237. Acesso em: 2 nov. 2024.
TRINDADE, André Karam. Garantismo e decisão judicial. In: STRECK, Lenio Luiz (Org.). A discricionariedade nos sistemas jurídicos contemporâneos. Salvador. Editora Juspodivm. 2017. p. 75-104.
VALE, Luis Manoel Borges do; PEREIRA, João Sérgio dos Santos Soares. Teoria geral do processo tecnológico, São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2023.
VALLE, Vivian Lima López; FUENTES i GASÓ, Josep Ramón; AJUS, Attílio Martins. Decisão judicial assistida por inteligência artificial e o Sistema Victor do Supremo Tribunal Federal. Revista de Investigações Constitucionais, Curitiba, vol. 10, n. 2, e252, maio/ago. 2023. DOI: 10.5380/rinc.v10i2.92598
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 HÉLIO RIOS FERREIRA, Rômulo Marcel Souto dos Santos, João Araújo Monteiro Neto (Autor)

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Juris Verdi utiliza la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite el intercambio y la adaptación del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales, siempre que se dé el crédito correspondiente al(los) autor(es). Los autores conservan los derechos de publicación sin restricciones, y los artículos permanecen disponibles en acceso abierto.
Declaración de Derechos de Autor
Los autores del manuscrito identificado a continuación declaran que:
-
Están de acuerdo con la presentación del artículo a la Revista Juris Verdi;
-
Declaran que el trabajo es original, que no infringe derechos de autor de terceros y que no ha sido publicado ni se encuentra en evaluación por otra revista;
-
Autorizan, en caso de aceptación, la publicación del artículo bajo la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite el uso, intercambio, adaptación, distribución y reproducción en cualquier medio o formato, siempre que se atribuya correctamente la autoría al(los) autor(es);
-
Reconocen que los derechos de autor permanecen con los autores, quienes pueden también depositar el artículo en repositorios institucionales, sitios personales o redes sociales académicas, siempre que se mantenga la referencia a la publicación original en la revista;
-
Están al tanto de que la Revista Juris Verdi adopta una política de acceso abierto, comprometida con la democratización del conocimiento científico.