ECONOMIA DE VIGILÂNCIA E A DESPROTEÇÃO LEGAL DO DOCENTE: UMA CRÍTICA AO MODELO DAS IES PRIVADAS
DOI:
https://doi.org/10.63835/fmkmjn91Palabras clave:
Docência , Precarização, saúde do trabalhadorResumen
Este artigo reflete sobre os impactos dos meios telemáticos no trabalho docente no ensino superior privado, destacando os riscos à saúde física e mental devido à falta do direito à desconexão. A expansão capitalista acelerada prioriza eficiência operacional, inovação tecnológica e lucratividade, atingindo também a educação, onde o conhecimento se transforma em mercadoria. Essa lógica prejudica a excelência pedagógica, fragiliza a identidade do professor e afeta seus resultados profissionais. Consequentemente, há erosão da solidariedade entre docentes e enfraquecimento sindical, desestabilizando as relações sociais e esvaziando o sentido do trabalho como elemento subjetivo. O resultado é um cenário de frustração e adoecimento, agravado pela vigilância digital via plataformas tecnológicas. Após a Covid-19, com a mediação crescente do ensino por ferramentas digitais—especialmente smartphones—intensificou-se a precarização do trabalho docente, acentuando vulnerabilidades subjetivas.
Descargas
Referencias
ALVES, Giovanni. O novo (e precário) mundo do trabalho – reestruturação produtiva e crise do sindicalismo. São Paulo: Editora Boitempo, 2000.
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.
ANTUNES, Ricardo. O caracol e sua concha. Ensaios sobre a nova morfologia do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2005.
ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.
APPLE, Michael W. Educando à direita: mercados, padrões, Deus e desigualdade. Tradução Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo: Cortez, 2005.
BARBOSA, J. G.; SILVEIRA, M. R. Universidade em tempos sombrios: o aluno-cliente e o professor-gerente. Campinas: Autores Associados, 1998.
BARBOSA, Luiz Carlos; DA SILVEIRA, Jacira Cabral. Aluno-cliente, aluno tirano - Extra Classe 06/03/1998 acesso em 06 de agosto de 2021.
BAUMAN, Zygmunt. Vigilância líquida. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
BRASIL. Portaria nº 2.117, DE 6 de dezembro de 2019. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-2.117-de-6-de-dezembro-de-2019-232670913
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Lex: coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943.
BRASIL. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm
CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2014.
DEJOURS, Christophe. O fator humano. Tradução Francisco F. Whitaker. Rio de Janeiro: FGV, 2020.
DELEUZE, Gilles. Post-scriptum sobre as sociedades de controle. In: Conversações. Tradução Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.
DELGADO, Maurício Godinho. Capitalismo sem reciprocidade: a política pública de destruição do emprego. São Paulo: Revista LTr, v. 69, n.08, ago. 2005.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1989.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 11ª. ed., São Paulo: Paz e Terra, 1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GAUJELAC, Vicent de. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. São Paulo: Ideias & Letras, 2007.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2017.
HARVEY, David. Para entender O Capital. São Paulo: Boitempo, 2013.
HARVEY, David. A condição pós-moderna. Tradução Adail Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 2005.
INEP. Censo da Educação Superior. Brasília: MEC, 2023.
LANE, SÍLVIA. O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2009.
LIMA, Cassia Helena Pereira; PEREIRA, Gilberto Braga; VIEIRA, Adriane. Papéis sociais no ensino superior: aluno-cliente, professor-gerente-educador, instituição de ensino mercantil. Revista de Ciências da administração, V.8, nº16, jul./dez de 2006 - https://periodicos.ufsc.br/index.php/adm/article/view/1651
MAGRANI, Eduardo. Entre dados e robôs: ética e privacidade na era da hiperconectividade. 2ª ed. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2019.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Tradução Rubens Enderle et al. São Paulo: Boitempo, 2007.
NÓVOA, A. Profissão Professor. Porto: Porto Ed., 1991.
OECD. Teachers’ Well-being: A Framework for Comparative Analysis. Paris: OECD Publishing, 2022.
OMS. Burnout ocupacional na educação: diretrizes globais. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2023.
ORWELL, George. 1984. Tradução Wilson Velloso. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
POSTMAN, Neil. Tecnopólio: a rendição da cultura à tecnologia. São Paulo: Nobel, 1994.
SÃO PAULO, Adriana. Trabalho bancário no século XXI: metamorfoses no mundo do trabalho. São Paulo: LTr, 2018.
SGUISSARDI, Valdemar. Universidade brasileira no século XXI: desafios do presente. São Paulo: Cortez, 2009.
TUMOLO, Paulo Sergio; e FONTANA , Klalter Bez. Trabalho docente e capitalismo: um estudo crítico da produção acadêmica da década de 1990. In https://www.scielo.br/j/es/a/TYdHFtWQr6YVHsr49DyGjZN/?format=pdf&lang=pt acesso em 29/07/2021
ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância. Tradução George Schlesinger. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Juris Verdi

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Juris Verdi utiliza la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite el intercambio y la adaptación del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales, siempre que se dé el crédito correspondiente al(los) autor(es). Los autores conservan los derechos de publicación sin restricciones, y los artículos permanecen disponibles en acceso abierto.
Declaración de Derechos de Autor
Los autores del manuscrito identificado a continuación declaran que:
-
Están de acuerdo con la presentación del artículo a la Revista Juris Verdi;
-
Declaran que el trabajo es original, que no infringe derechos de autor de terceros y que no ha sido publicado ni se encuentra en evaluación por otra revista;
-
Autorizan, en caso de aceptación, la publicación del artículo bajo la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite el uso, intercambio, adaptación, distribución y reproducción en cualquier medio o formato, siempre que se atribuya correctamente la autoría al(los) autor(es);
-
Reconocen que los derechos de autor permanecen con los autores, quienes pueden también depositar el artículo en repositorios institucionales, sitios personales o redes sociales académicas, siempre que se mantenga la referencia a la publicación original en la revista;
-
Están al tanto de que la Revista Juris Verdi adopta una política de acceso abierto, comprometida con la democratización del conocimiento científico.